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O TEMPO

O TEMPO

As vezes, muitas vezes, sou alegre, espontâneo, pra frente, positivo,porêm ha momentos estranhos, solitários, tristes, angustiantes, dolorosos. Uma dor silenciosa, que não machuca a carne, arde no interior, nos pensamentos, no coração, é uma dor na alma, que corroi, que me corroi. É a dor da demora, da espera, da paciência, que eu ja cansei de ter. A minha ânsia por vida, e viver a vida intensamente, prazerosamente, não me deixa sossegar. Cada segundo, horas, dias, meses que se passam, sinto como perdas, perda de tempo, até dormir eu acho perda de tempo, de ver passar o tempo, de ver passar a vida, o tempo escorrido entre os dedos, tempo que corre sem freio, e não volta atráz. E o meu tempo vai passando, e eu lutando, para ter tempo, de viver meus sonhos, nesse tempo que não chega nunca, o meu tempo de viver a vida, tão almeijada. Os sonhos de menino, de uma vida feliz, de riquezas, de carrões, barcos, aviões. Mas o que queria mesmo naquele tempo, era ter o que comer, o tempo, não importava, quando se é criança, parece que ele não passa, mas passou. E nesse tempo, o meu tempo tem sido para correr atráz do tempo fujão. Ja não sou mais criança - mas os desejos continuam latentes, vivos dentro do meu coração, vivos, tão vivos como as lembranças na memória dos elefantes, que para eles não importa o tempo, a lembrança está sempre em evidência, mesmo passado tanto tempo, tanto tempo....

Por Marcio Miranda.